sexta-feira, 15 de abril de 2011

Austrália pode ser parceira do etanol brasileiro


Governo australiano quer informações sobre o mercado e pode ser útil ao Brasil na promoção externa

por Globo Rural Online
      Brasil e Austrália podem tornar-se importantes aliados no desenvolvimento da cadeia produtiva do etanol de cana-de-açúcar nos próximos anos. Uma delegação formada por cinco representantes do governo australiano esteve no Brasil e visitou a sede da União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (UNICA), em São Paulo. A proposta é que o Brasil possa ajudar a Austrália a desenvolver uma economia de baixo carbono baseada em fontes renováveis como o etanol. Por outro lado, a Austrália ajudaria o Brasil a promover o etanol mundo afora.

          Harry Jenkins, presidente da Câmara dos Deputados da Austrália demonstrou profundo interesse no modelo brasileiro. "Trabalhamos com um nível mandatório de mistura do etanol à gasolina,
e por esta razão há muitos debates na Austrália sobre a produção e uso de etanol. Acreditamos que uma parceria com o Brasil será muito importante para que possamos obter maiores informações sobre este mercado", afirmou Harry Jenkins, presidente da Câmara dos Deputados da Austrália. O deputado também afirmou que o seu país poderia ajudar o Brasil a promover o etanol no mercado externo.

        Assim como o Brasil, a Austrália é um grande produtor de cana-de-açúcar, mas não possui terras para expandir a atividade. Suas metas de expansão da produção de etanol se concentram em torno da produção de etanol celulósico, a partir do bagaço da cana. "É algo esperado para daqui quatro ou cinco anos", comenta Eduardo Leão de Souza, diretor executivo da UNICA.
Acessado em 12/04/2011 às 20:09hs


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         O Brasil desde quando era, ainda, considerado colônia, desenvolvia por intermédio do Império de Portugal a cultura da cana-de-açúcar para fins alimentícios. Com a queda da economia açucareira, o Brasil passou a investir também em outras economias, mas nunca abandonou a primeira. Com a crise do petróleo em 1973 o país precisou adotar uma forma de energia alternativa, com estudos já sendo realizados anteriormente, deu-se a criação de um projeto (PROALCOOL) a fim de implantar o álcool na matriz energética brasileira e assim aos “trancos e barrancos” a cana voltou a estar no centro do país. Com a pressão exercida por tratados ambientais como o de KIOTO o álcool passou a ser produzido em alta escala conseguindo atender, até certo ponto, a demanda interna. Devido ao aparente sucesso da implantação desta forma de energia nacionalmente, outros países já estão à espreita e estrategicamente aliando-se ao Brasil para adquirir tecnologia e recursos, assim como está ocorrendo com a Austrália, é claro que isto traz benefícios ao Brasil também, afinal se uma potência está aceitando um tipo de tecnologia a mesma influenciará outras potências a adquirirem esta tecnologia ou produtos oriundos dela. A Austrália com suas dimensões continentais apresenta clima favorável ao plantio, mas não apresenta terras disponíveis para expansão assim ela está apostando em produção de etanol a partir do bagaço de cana. Toda essa discussão leva a entender aparentemente que o Brasil está dando um passo à frente para um futuro melhor energética e economicamente, mas deve-se lembrar que o governo brasileiro está dando prioridade a algo externo e marginalizando questões mais importantes no mesmo contexto, o valor do álcool subiu significativamente chegando aos quase 17% de acréscimo no ultimo mês, levando o preço da gasolina (com álcool) a subir a cerca de 8%com essa falta de atenção as questões internas e com prioridades errôneas tudo isso poderá levar a indústria alcooleira brasileira ao colapso dando um mau exemplo para quem o quer seguir.

 Por Dalila T. Rodrigues

Um comentário:

  1. Foi mal não consegui postar a imagem certa da reportagem. Se desejarem ver a imagem é só seguir o link do final da notícia!!!!!!!!

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